Como saber se estou na direção correta?
Encontrar a direção correta vai depender muito da forma como você se vê. É necessário que você olhe para o seu interior e perceba o que lhe motiva, o que lhe faz se movimentar, o que lhe faz sair de um estado de inércia e alcançar os seus objetivos.
Tente seguir esta linha de ação:
- Seja pró-ativa;
- Comece com o um objetivo em mente;
- Primeiro sempre o mais importante;
- Manter uma postura construtiva;
- Avalie constantemente o seu rumo.
Isso fará você tomar as decisões corretas e lutar pelos seus direitos, dessa forma alcançando a felicidade.
É necessário que você olhe para o seu interior e perceba o que lhe motiva, o que lhe faz se movimentar e alcançar os seus objetivos.
DICA
A menstruação volta ao normal cerca de seis (06) semanas após fazer o procedimento de aborto medicinal.
AMPLIE SEU CONHECIMENTO
Os nossos serviços colocam à sua disposição toda a informação possível sobre o tema do aborto, dando especial atenção à interrupção com medicamentos. Fazemos isto porque uma decisão informada é fulcral para que a mulher saiba qual o melhor rumo a tomar. Se para algumas mulheres a deliberação é fácil, para outras poderá ser exatamente o oposto.
Antes de tomar a decisão final, é normal que você se sinta confusa e sem saber se o aborto será a melhor opção, afinal ninguém se sente preparado para enfrentar uma situação destas. Apesar de tudo, é necessário destacar que não existe um caminho certo ou um caminho errado que se possa aplicar a todas as situações; o que existe é uma decisão que tem de ser tomada em prol do seu bem-estar e que, se faz você se sentir segura e vai de encontro com as suas crenças, então pode ser considerada a direção certa.
Para começar, você precisa de encarar o aborto como um direito que qualquer mulher deveria ter. Se você não se sente preparada ou simplesmente não quere ser mãe, então, enquanto dona do seu corpo, a escolha é sua. Responda às seguintes perguntas[1]:
-
Como me sinto em relação a esta gravidez?
Comece por aqui. É normal que uma gravidez inesperada desperte diferentes tipos de sensações e pensamentos, mas você tem de colocar na balança as suas condições de vida e pensar nas três hipóteses que tem: manter a gravidez e ficar com a criança, manter a gravidez e considerar a adoção ou abortar.
-
Quais são os meus planos para o futuro?
Será que esta gravidez encaixa nos seus planos para o futuro? Ser mãe é um sonho, mas não a curto prazo? Você precisa de entender o que é importante para você e como uma criança iria alterar ou não os seus objetivos. Tente imaginar onde você quer estar daqui a um determinado número de anos e analise as vantagens e desvantagens de ter um filho.
Se existirem mais pessoas na sua vida que você considere que tem de ser incluídas nesta equação, então pondere:
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Como irá a minha decisão afetar os meus filhos?
Quer exista uma diferença de idades considerável, quer a gravidez tenha acontecido logo após um nascimento de um filho, esta poderá ser uma experiência assoberbante. Questões financeiras ou dúvidas em relação a energia que se tem para mais um filho poderão estar na origem das dúvidas.
É provável que surjam questões relacionadas com a fertilidade depois de uma interrupção da gravidez, no entanto, estudos afirmam que não existem problemas com a capacidade de ter filhos no futuro depois de um aborto.
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E como poderá afetar o meu parceiro?
Afirmamos mais uma vez: você não precisa da validação nem da autorização de ninguém. Embora o ato sexual tivesse envolvido duas pessoas, o corpo é seu e a decisão é única e exclusivamente sua. Não obstante, é compreensível que você sinta um peso nos ombros e que queira sentir mais alívio ao partilhar com o seu parceiro ou pelo menos considerar que essa pessoa também ocupa um lugar importante na decisão. Pondere se a vossa relação é estável o suficiente para receber uma criança, se a vossa dinâmica irá alterar-se e, acima de tudo, se ambos querem este filho e como é que a decisão afetará a vossa vida enquanto casal (isto, é claro, se você optar por contar-lhe sobre a gravidez).
Aqui em Aborto na Nuvem já falamos sobre a violência doméstica e como poderá ter influência na decisão da mulher (ver caixa AMPLIA OS TEUS CONHECIMENTOS no seguinte link: Posso abortar várias vezes?). Fique sabendo que existe uma maior vulnerabilidade feminina no que toca à esfera sexual. Ainda se verifica que existe coerção sexual, ou “o ato de forçar (ou a tentativa de forçar) um indivíduo, por meio de violência, ameaças, insistência verbal, engano, expectativas culturais ou circunstâncias econômicas, a ter um determinado comportamento sexual contra a sua vontade” (Heise et al., 1995 apud Pilecco et al., 2011[2]).
O aborto aparece assim como um elemento que se conjuga com a coerção sexual, apresentando-se, sobretudo, nas situações em que a coerção é um evento esporádico (uma vez), talvez como uma estratégia do controle sobre a reprodução.
Pilecco et al., 2011
Este tipo de comportamentos pode provocar mudanças psicológicas na mulher, que acaba por não ter desejos de levar uma gravidez a termo. Sabemos que é um assunto delicado, mas também não é correto que ainda ocorram casos destes. Antes de mulher, você é um ser humano e tem direito a ser respeitada. Não perca o seu amor próprio e não se esqueça que o corpo é seu e que a decisão também é sua. Se alguém estiver lhe obrigando a fazer algo que não você quer, então não o faça. Se a sua intenção é sair deste tipo de situação, mas não sabe como, então tente encontrar associações ou grupos de apoio que lhe possam ajudar. Você não merece ser mais uma vítima.
Assim que você tiver avaliado todos estes parâmetros, e mais alguns outros que se apliquem à sua vida pessoal, chegará a hora de decidir. Independentemente de aquilo que você optar por fazer, lembre-se que uma decisão não pode ser rotulada como sendo “certa” ou “errada”. Esta é apenas a SUA decisão. Se depois de ter optado por uma solução você sentir que ainda não está 100% segura, então considere:
Vou saber viver com a decisão que for tomar?
Que posso fazer para lidar com os meus sentimentos?
Explore o nosso website e usufrua de toda a informação que possa lhe ajudar a decidir qual a melhor opção para você. Tome o teu tempo, mas tenha em mente que, se avançar com o aborto, o limite máximo são as 12 semanas de gestação e, fora deste período não poderá ser possível a realização do aborto pela via medicamentosa (aborto medicinal).
Documentos para download:
Referências:
[1] Making a Decision. Children by Choice – Association Incorporated. Disponível em: https://www.childrenbychoice.org.au/forwomen/decisionmaking
[2] Pilecco F, Knauth D, Vigo A. Aborto e coerção sexual: o contexto de vulnerabilidade entre mulheres jovenshttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2011000300004
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