Las imágenes por ultrasonido es un examen médico no invasivo que ayuda a los médicos a diagnosticar y tratar condiciones médicas.
Radiological Society of North America, 2018[1]
O que é um ultrassom?
O ultrassom é um método de diagnóstico por imagem utilizado para avaliar os tecidos moles.
Nos últimos anos, a tecnologia da ultrassonografia evoluiu e, hoje, é usada fora da especialidade da radiologia. É comum o uso da ultrassonografia em obstetrícia e cardiologia.
Farmer et al., 2013[2]
Consiste na utilização de ondas em altas frequências que são inaudíveis ao ser humano. O objetivo é produzir imagens do interior do organismo através de um transdutor ultrassonográfico que transforma a energia elétrica em energia mecânica na forma de ondas de ultrassom[3].
Os ultrassons podem ser abdominais, tireóideos, renais, vesicais, torácicos, pélvicos, mamários, entre outras. Por não utilizarem radiações, é possível a sua utilização em pacientes grávidas.
O ultrassom no âmbito da obstetrícia
É um exame que permite ver o feto no interior do útero da gestante. Pode ser realizado por via abdominal ou vaginal (a escolha dependerá da idade gestacional e das condições da gravidez).
Antes de realizar um aborto, é fulcral que a mulher tenha a certeza de que realmente se encontra grávida. Para este efeito, pode optar por um teste Beta-hCG de urina ou sangue (que mostra os valores do “hormônio da gravidez” – a Gonadotrofina Coriônica Humana). A gestante pode também optar pelo ultrassom, a fim de detectar, na imagem, o produto da gravidez.
Se quiser saber mais, pode aceder à seguinte secção: Níveis de hCG na gravidez.
O ultrassom no aborto
Tendo em conta que o aborto químico é realizado em casa, será necessário que você confirme se este se deu de forma eficaz e completa. Para tal, o mais aconselhável será realizar um ultrassom, assim será possível ver se o útero ficou completamente esvaziado. A imagem irá aparecer de forma imediata no ecrã de visualização.
O único senão é que você terá de realizar este exame mais ou menos 7 dias depois da indução do aborto; isto deve-se à possibilidade de existência de restos da gravidez. Se o ultrassom for realizado antes do tempo, o diagnóstico poderá ser o de aborto incompleto (aquele onde ainda se verificam resquícios no corpo da mulher), razão para que o médico considere necessário encaminhar a paciente para uma curetagem que, à partida, será desnecessária.
Tenha em conta que os restos que se mantém no útero uma semana depois do aborto não são necessariamente sinônimo de aborto incompleto. Isto apenas significa que o organismo da mulher precisa de tempo para expulsar todo o conteúdo. Desta feita, uma curetagem ou aspiração a vácuo apenas poderá ser levada a cabo se a mulher apresentar sintomas de aborto incompleto (sangramento excessivo, febre, corrimento vaginal anormal ou dor abdominal que não passa).
Se não existirem sintomas de complicação, então você não precisa de realizar nenhuma aspiração ou curetagem. Tal como acontece num aborto espontâneo, o corpo poderá precisar de algumas semanas para expelir todo o conteúdo da gravidez de forma natural.
Embora as opiniões relativamente a este tema divirjam, tendo um lado que apoia a realização do exame após o aborto e outro que acredite que tal não é necessário, Aborto na Nuvem defende que é essencial que a mulher realize um ultrassom depois da indução do aborto.
Tal como já foi dito acima, existem outras formas de confirmar que você já não continua grávida, por exemplo o teste de urina e o de sangue; porém, os nossos serviços aconselham a dar efetivamente preferência ao ultrassom, dado que os dois primeiros exames exigem que a mulher despenda mais tempo à espera para poder fazê-los (entre 3 a 4 semanas). Isto porque as hormonas da gravidez mantêm-se durante este período, algo que pode acusar um falso positivo relativamente à presença de uma gravidez. Um problema, principalmente se você já estiver perto das 12 semanas. Para que você possa esclarecer as suas dúvidas, pode clicar nos seguintes links e aprofundar estes conceitos:
Aborto falhado
Aborto bem-sucedido
Notas adicionais:
Investigações têm vindo a demonstrar que, para fazer um correto diagnóstico de aborto incompleto correto, os dados da ecografia terão de ser interpretados juntamente com os dados do exame clínico (sinais de complicação como sangramento excessivo, dores fortes que se prolongam durante dias, febre e/ou corrimento vaginal anormal). Visto que já se sabe que os resultados da ecografia depois de um aborto químico são muito semelhantes aos abortos com e sem complicações[4].
A evacuação cirúrgica do útero (através da curetagem/aspiração por vácuo) em mulheres clinicamente saudáveis é desaconselhada, mesmo quando é possível ver na ecografia que ainda permanecem resquícios do aborto no útero. Na maior parte dos casos, esperar pela próxima menstruação, tal como se faz nos casos de aborto espontâneo, é o suficiente, à exceção dos casos em que a gravidez continua.
A investigação mostra que, uma semana depois de um aborto com medicamentos, cerca de 80% das mulheres que realizaram um aborto químico durante o primeiro trimestre e que não passaram por complicações, continuam com restos de tecido e de sangue no útero. Trata-se de algo normal e não deve causar preocupações.
Documentos para download:
Departamento da Qualidade na Saúde (dqs@dgs.pt
Ecografia Ginecológica – Luis Almeida de Sousa
SEÇÃO I – Princípios básicos da ultrassonografia
Referências:
[1] Ultrasonido general. RadiologyInfo.org para pacientes, 2018. Disponível em: https://www.radiologyinfo.org/sp/pdf/genus.pdf
[2] Farmer J, Slonim A. Princípios básicos da ultrassonografia. Disponível em: http://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/L/LEVITOV_Alexander_B/Ultrassonografia_Beira_Leito_Medicina_Clinica/Lib/Cap_01.pdf
[3] Fundamentos da Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia. Dr.Pixel. Campinas. 2016. Disponível em: https://www.fcm.unicamp.br/drpixel/conteudo/fundamentos-da-ultrassonografia-em-ginecologia-e-obstetricia
[4] McEwing L, Anderson N, Meates J, Allen R, Phillipson G, Wells J. Sonographic Appearances of the Endometrium After Termination of Pregnancy in Asymptomatic Versus Symptomatic Women. JUM May, 2009 28:579-586. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.7863/jum.2009.28.5.579
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