Encontrar a direção certa vai depender muito da forma como te vês. É necessário que olhes para o teu interior e percebas aquilo que te motiva , o que te faz mover e o que te faz sair de um estado de inércia para alcançar os teus objetivos.
Tenta seguir esta linha de ação:
- Sê pró-ativa;
- Começa com o um objetivo em mente;
- O que vem em primeiro lugar é sempre o mais importante;
- Mantém uma postura construtiva;
- Avalia constantemente o teu rumo.
Isso fará com que tomes as decisões mais acertadas e lutes pelos teus direitos, alcançando desta forma a felicidade.
É necessário que olhes para o teu interior e percebas aquilo que te motiva, e que te faz mover para alcançar os teus objetivos.
AMPLIA OS TEUS CONHECIMENTOS
Os nossos serviços colocam à tua disposição toda a informação possível sobre o tema do aborto, dando especial atenção à interrupção medicamentosa. Fazemos isto porque uma decisão informada é fulcral para que a mulher saiba qual o melhor rumo a tomar. Se para algumas mulheres a deliberação é fácil, para outras poderá ser exatamente o oposto.
Antes de tomar a decisão final, é normal que te sintas confusa sem saber se o aborto será a melhor opção, afinal ninguém se sente preparado para enfrentar uma situação destas, apesar de tudo é necessário destacar que não existe um caminho certo ou um caminho errado que se possa aplicar a todas as situações; o que existe é uma decisão que tem de ser tomada em prol do teu bem-estar e que, se te faz sentir segura e vai de encontro às tuas crenças, então podes considerar como sendo a direção certa.
Para começar, precisas de encarar o aborto como um direito que qualquer mulher deveria ter. Se não te sentes preparada ou não queres ser mãe, então, enquanto dona do teu corpo, a escolha é tua. Faz-te as seguintes perguntas[1]:
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Como me sinto em relação a esta gravidez?
Começa por aqui. É normal que uma gravidez inesperada desperte diferentes tipos de sensações e pensamentos, mas tens de colocar na balança as tuas condições de vida e pensar nas três hipóteses que tens: manter a gravidez e ficar com a criança, manter a gravidez e considerar a adoção ou abortar.
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Quais são os meus planos para o futuro?
Será que esta gravidez encaixa nos teus planos para o futuro? Ser mãe é um sonho, mas não a curto prazo? Precisas de entender o que é importante para ti e como uma criança iria alterar ou não os teus objetivos. Tenta imaginar onde queres estar daqui a um determinado número de anos e analisa as vantagens e desvantagens de ter um filho.
Se existirem mais pessoas na tua vida que achas adequado incluir nesta equação, então responde às seguintes perguntas:
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Como irá a minha decisão afetar os meus filhos?
Quer exista uma diferença de idades considerável, quer a gravidez tenha acontecido logo após um nascimento de um filho, esta poderá ser uma experiência assoberbante. Questões financeiras ou dúvidas em relação a energia que se tem para mais um filho poderão estar na origem das dúvidas.
É provável que surjam questões relacionadas com a fertilidade depois de uma interrupção da gravidez, no entanto, estudos afirmam que não existem problemas com a capacidade de ter filhos no futuro depois de um aborto.
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E como poderá afetar o meu parceiro?
Afirmamos mais uma vez: não precisas da validação nem da autorização de ninguém. Embora o ato sexual tivesse envolvido duas pessoas, o corpo é teu e a decisão é única e exclusivamente tua. Não obstante, é compreensível que sintas um peso nos ombros e que queiras sentir mais alívio ao partilhar com o teu parceiro ou pelo menos considerar que essa pessoa também ocupa um lugar importante na decisão. Pondera se a vossa relação é estável o suficiente para receber uma criança, se a vossa dinâmica irá alterar-se e, acima de tudo, se ambos querem este filho e como é que a decisão afetará a vossa vida enquanto casal (isto, é claro, se optas por contar-lhe sobre a gravidez).
Aqui em Aborto na Nuvem já falamos sobre a violência doméstica e como poderá ter influência na decisão da mulher (ver caixa AMPLIA OS TEUS CONHECIMENTOS no seguinte link: Posso abortar várias vezes?). Queremos que saibas que existe uma maior vulnerabilidade feminina no que toca à esfera sexual. Ainda se verifica que existe coerção sexual, ou “o ato de forçar (ou a tentativa de forçar) um indivíduo, por meio de violência, ameaças, insistência verbal, engano, expectativas culturais ou circunstâncias econômicas, a ter um determinado comportamento sexual contra a sua vontade” (Heise et al., 1995 apud Pilecco et al., 2011[2]).
O aborto aparece assim como um elemento que se conjuga com a coerção sexual, apresentando-se, sobretudo, nas situações em que a coerção é um evento esporádico (uma vez), talvez como uma estratégia do controle sobre a reprodução.
Pilecco et al., 2011
Este tipo de comportamentos pode provocar mudanças psicológicas na mulher, que acaba por não ter desejos de levar uma gravidez a termo. Sabemos que é um assunto delicado, mas também não é correto que ainda ocorram casos destes. Acima de mulher, és um ser humano e tens direito ao respeito. Não percas o teu amor próprio e não te esqueças que o corpo é teu e que a decisão também é tua. Se alguém te estiver a obrigar a fazer algo que não queres, então não o faças. Se quiseres sair dessa situação, mas não sabes como, tenta encontrar associações ou grupos de apoio que te possam ajudar. Tu não mereces ser mais uma vítima.
Assim que tiveres avaliado todos estes parâmetros, e mais alguns outros que se apliquem à tua vida pessoal, chegará a hora de decidir. Independentemente daquilo que escolheres fazer, lembra-te que uma decisão não pode ser rotulada como sendo “certa” ou “errada”. Esta é apenas a TUA decisão. Se depois de teres optado por uma solução, sentires que ainda não estás 100% certa, pensa nas seguintes questões:
Vou saber viver com a opção que vier a tomar?
Que posso fazer para lidar com os meus sentimentos?
Explora o nosso website e usufrui de toda a informação que possa ajudar-te a decidir qual a melhor opção para ti. Toma o teu tempo, mas tem em mente que, se fores em frente com a opção do aborto, o máximo são 12 semanas de gestação e, fora deste período não poderá ser possível a realização do aborto pela via medicamentosa (aborto químico).
Documentos para download:
Referências:
[1] Making a Decision. Children by Choice – Association Incorporated. Disponível em: https://www.childrenbychoice.org.au/forwomen/decisionmaking
[2] Pilecco F, Knauth D, Vigo A. Aborto e coerção sexual: o contexto de vulnerabilidade entre mulheres jovenshttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2011000300004
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