Se o teu tipo de sangue for RH Negativo, normalmente os médicos costumam aconselhar as mulheres que passaram por um aborto cirúrgico, um aborto espontâneo ou um parto a tomar uma injeção de Imunoglobulina Humana Anti-D. Este procedimento é realizado porque se o embrião tiver um tipo sanguíneo RH+ e houver contato com o sangue RH Negativo da mulher, esta pode desenvolver anticorpos no seu sangue que podem afetar o próximo bebé nascido.
Contudo, a investigação sobre o aborto químico e aborto espontâneo no primeiro trimestre (primeiras 12 semanas) tem mostrado que existe muito pouco ou até nenhum contacto entre o sangue da mulher e o do embrião, e que a mulher não produz anticorpos suficientes que possam vir a afetar o próximo embrião. (29)
Por isso não aconselhamos a injeção de Imunoglobulina Humana Anti-D. Porém, se te sentires insegura, deverás ir ao hospital ou ao médico logo depois de ter feito o aborto químico. Diz que tiveste um aborto espontâneo e que o teu tipo sanguíneo é o RH-. O médico poderá decidir se o melhor é administrar-te ou não a injeção de Imunoglobulina Humana Anti-D.
As provas científicas de que a administração da Imunoglobulina Humana Anti-D para sangramentos vaginais durante o primeiro trimestre impeça a sensibilização da mulher ou que desenvolva a doença hemolítica (inclusive a Eristroblastose Fetal) no recém-nascido são mínimas. A prática de administração da Imunoglobulina Humana Anti-D às mulheres com abortos espontâneos de primeiro trimestre é baseada na opinião de peritos e na extrapolação da experiência com sangramento materno-fetal em gravidezes avançadas. O seu uso para sangramentos no primeiro trimestre não se baseia em provas. (29)
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